18 novembro, 2008

Deputado denuncia trama do grupo Sarney contra mandato de Jackson


Ribamar Alves denuncia tramas contra o mandato do governador

Com um contundente discurso, na tribuna da Câmara Federal, o deputado Ribamar Alves (PSB) denunciou, na manhã de ontem, que o grupo Sarney está tentando antecipar decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra o governador Jackson Lago.

Segundo o deputado, “os senadores do Maranhão, todos sem exceção, vêm ligando para os prefeitos de todos os municípios do interior, informando que o processo de cassação de Jackson Lago está com data marcada e que eles contam com os votos, na grande maioria, do Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou Ribamar Alves, referindo-se ao processo que corre no TSE contra o governador Jackson Lago, acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2006.

Em seu discurso, o deputado socialista foi enfático ao dizer que os senadores estão ligando para os prefeitos, ameaçando-os, constrangendo-os e deixando-os sob pressão, na expectativa de que haverá cassação imediata do mandato do governador Jackson Lago. Ribamar Alves advertiu ainda que o Maranhão tem sofrido bastante, porque não foram liberadas até agora as emendas de bancada ao Orçamento da União, porque o grupo Sarney, utilizando-se de sua influência junto ao Presidente Lula, não deixa o governo federal liberá-las, de modo a impossibilitar que o governo Jackson Lago possa realizar um bom trabalho administrativo.

Por conta das ameaças do grupo Sarney contra o governo de Jackson Lago, ressaltou Ribamar Alves, um sentimento de inconformismo se espalha por todo o Maranhão. “Este inconformismo está se colocando diante das afrontas que estão sendo armadas contra a soberana vontade do povo maranhense. Afronta-se a vontade popular, expressa nas urnas, e a honra do Poder Judiciário, antecipando-se decisões, jactando-se de prestígios que soam como verdadeiro escárnio contra os membros da mais Alta Corte do País”.

Inconformismo dos derrotados - Depois de fazer uma explanação sobre os resultados positivos alcançados até agora pelo governo Jackson Lago, o deputado Ribamar Alves advertiu que “é justamente no esforço de construir um governo municipalista, de ampla participação compartilhada que mora o inconformismo dos derrotados. E apelam aos tribunais para recuperar no tapetão o poder que mantiveram ilegitimamente por quatro décadas”.

Ao discorrer sobre as acusações formuladas no processo instaurado no TSE, Ribamar Alves explicou que não há nenhuma prova de que houve uso eleitoreiro de convênios do Governo do Estado, para supostamente favorecer a eleição do governador Jackson Lago. “Atribuem ao Dr. Jackson Lago, um médico que dedicou a sua vida à causa pública, atribuem a ele os pecados que eles (o grupo Sarney) carregaram a vida toda. Forjam testemunhas, que agora vêm a público e diante da Justiça repõem a verdade”, frisou o deputado.

Manifestando-se indignado com a forma abusiva com que o grupo Sarney vem fazendo ameaças ao governador Jackson Lago, Ribamar Alves explicou que a mídia sarneisista está direcionando o discurso de seus jornais e emissoras de rádio e televisão para sugerir que o Tribunal Superior Eleitoral, especialmente o ministro Eros Grau, relator do processo, já teria um juízo antecipado favorável à cassação do mandato do governador do Maranhão.

“Eles mencionam inclusive detalhes do relatório, como se acesso tivessem a ele, para mostrarem à população menos esclarecida que têm domínio sobre o ministro Eros Grau; como se eles mandassem no ministro, como se eles dessem ordens ao ministro, como se eles determinassem o que deveria ser escrito no relatório. Eles pregam no Maranhão que o senador José Sarney vem trabalhando uma vaga na Academia Brasileira de Letras para o Sr. Eros Grau, em troca do relatório favorável à cassação de Jackson Lago”, declarou o deputado, em seu duro discurso.

Ribamar Alves afirmou ainda que considera um absurda a tentativa de fazer com que “o povo maranhense fique inquieto e desesperado com a possibilidade do retorno pela porta dos fundos daqueles que os eleitores botaram para fora, e pela porta da frente, pelo voto popular. Fico entristecido com esses desmandos”.

Ao concluir seu discurso, o deputado do PSB, mostrando uma cópia do processo, assegurou que na peça acusatória “não há nada que comprove nada”. Ele enfatizou que o processo que tramita no TSE contra o governador Jackson Lago é uma forja de provas, que faz lembrar a farsa do caso Reis Pacheco, quando o grupo Sarney acusou o ex-governador Epitácio Cafeteira de ter mandado seqüestrar, matar e ocultar o cadáver do ferroviário José Raimundo Reis Pacheco.
Fonte: Jornal Pequeno

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