22 abril, 2009

Programa de Prevenção às DST/Aids realiza encontro para discutir ações e metas para 2009

Desde a implantação do Programa Municipal de Prevenção às DST/HIV/Aids (PM – Aids) de Coroatá, em 2003, foi realizada, pela primeira vez a oficina para a criação do Plano de Ações e Metas (PAM), que é o planejamento que norteia os trabalhos a ser desenvolvidos pela coordenação do programa durante o ano vigente, incluindo as ações e procedimentos para o bom funcionamento do Centro Testagem e Aconselhamento (CTA) e do Serviço Ambulatorial Especializado (SAE), que compõe a estrutura do programa no município.

O encontro para a construção do PAM 2009 ocorreu no último dia 07 de abril, com início às 9h da manhã, na Câmara Municipal, contando com a presença de representantes de movimentos sociais e entidades organizadas da sociedade civil, como Associação Grupo Respeito, Estação Digital, Conselho Tutelar, Conselho Municipal do Direitos da Criança e Adolescente, Associação da Vila Vavá, Associação do Bairro União, Unido Pelo Bairro, Pastoral da Criança, Fazenda da Esperança e representantes de órgãos governamentais como Secretaria de Saúde, SAMU, Núcleo Municipal de Educação e Saúde – NMES, Secretaria de Educação, Unidade Municipal de Juventude – UMJovem, entre outros.

Realizada em parceria com o Programa Estadual de Prevenção às DST/HIV/Aids, a oficina contou com a participação da Coordenadora do Departamento Estadual de Atenção, Silvia Cristina Viana, que trouxe aos presentes a discussão sobre as diretrizes do Programa nas três esferas de governo (Nacional, Estadual e Municipal) e as orientações para a elaboração do PAM. Dra. Osvaldina Mota, responsável pela Vigilância em DST/Aids no Departamento Estadual, apresentou aos presentes dados que compuseram o Perfil Epidemiológico do município de Coroatá até o ano 2008. Acompanhando a equipe da Secretaria Estadual de Saúde (SES) esteve presente na oportunidade um grupo de acadêmicos dos cursos de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Durante a oficina a coordenadora do Programa em nível municipal, a psicóloga Esther Moura, apresentou alterações na sue equipe, que passará a contar com um médico e um enfermeiro. Esther falou ainda que todos os esforços serão feitos para a ampliação dos trabalhos do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e para o funcionamento integral do Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) no município.

Durante a realização da oficina, foram identificados, com ajuda dos participantes, as necessidades do Programa e apresentadas metas e ações para o bom funcionamento do mesmo no ano de 2009, como a implantação do Projeto Saúde e Sexualidade nas Escolas, reestruturação do CTA e SAE, descentralização de ações e da distribuição de preservativos, parceria com Programa de Saúde da Família (PSF), realização de campanhas direcionadas às populações específicas e identificadas como mais vulneráveis em nosso município (mulheres, jovens, comunidades rurais e periféricas, etc), compra de veículo, entre outras prioridades.

Na oportunidade, incentivados por Silvia Viana, do Programa Estadual, foi criada a Comissão Interinstitucional de Prevenção às DST/HIV/Aids composta por entidades e órgãos públicos municipais que estiveram presentes. Esta Comissão é formada por 16 pessoas sendo 8 titulares e 8 suplentes, distribuídos de forma paritária entre poder público e sociedade civil, a mesma somará esforços junto ao Programa Municipal para concretização do PAM. Esta equipe, juntamente com a Coordenadora Municipal e técnicos do PM – Aids, será responsável por sistematizar as propostas discutidas na oficina e aprovar o documento final que será enviado à Coordenação Nacional de Prevenção (PN – Aids) do Ministério da Saúde.

Dados Epidemiológico – Durante a oficina Dra Ovaldina Mota apresentou os dados da epidemia em nosso município. Desde o ano 2003, quando houve a primeira notificação de um caso de HIV/AIDS, foram notificados 21 (vinte e um) casos de infecção pelo vírus HIV/AIDS, sendo 13 (treze) deles em pessoas do sexo masculino e 8 (oito) em pessoas do sexo feminino. Na comparação por faixa etária temos os seguintes dados: 1 (um) caso em uma criança de 1(um) a 4 (quatro) anos e o mesmo número em jovens de 15 (quinze) a 19 (dezenove) anos, 13 (treze) em pessoas de 20 (vinte) a 34 (trinta e quatro) anos e os outros 6 (seis) casos em pessoas de 35 (trinta e cinco) a 49 (quarenta e nove) anos. Segundo a escolaridade dos indivíduos temos o seguinte perfil: 1 (um) analfabeto, 11 (onze) com ensino fundamental, 3 (três) de nível médio, 1 (um) não se aplica aos casos anteriores e 5 (cinco) com escolaridade ignorada. Quando o que levamos em conta é o quesito raça/cor o que temos é 2 (dois) casos em pessoas declaradas brancas, 3 (três) pretos, 9 (nove) pardos e 7 (sete) de raça/cor ignorada.
Acompanhado a evolução dos casos dos 21 (vinte e um) casos que temos notificados, somente 4 (quatro) deles estão mortos e os 17 (dezessete) estão vivos e em tratamento.
Podemos analisar agora os dados de HIV em gestantes: foram notificados apenas 3 (três) casos, em mulheres muitos jovens, sendo a maioria deles 2 (dois) em jovens entre 15 (quinze) e 19 (dezenove) anos e o outro em uma menina de 20 (vinte) a 34 (trinta e quatro) anos, todos os partos dessas mulheres foram realizadas em maternidade do município de Coroatá. Os números completos da epidemia em Coroatá serão divulgados ainda este ano pela Coordenação do Programa na primeira edição do Boletim Epidemiológico.

Escrita Originalmente para o Jornal Folha de Coroatá

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