20 outubro, 2009

I Conferência Livre de Comunicação de Adolescentes e Jovens (MA)

Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo (20/10/2009)

Cerca de 100 integrantes de redes, grupos e movimentos sociais, de vários municípios maranhenses, que representam uma parcela dos 48 milhões de jovens brasileiros, participaram da I Conferência Livre de Comunicação de Adolescentes e Jovens do Maranhão, que aconteceu nesta última quinta-feira (15), no Parque Botânico da Vale, em São Luis (MA). Com a proposta de encarar o desafio de propor alternativas ao atual cenário da comunicação, diante da complexa realidade maranhense, onde a desigualdade social convive com a concentração dos meios de comunicação.

O evento foi realizado pela Agência de Notícias da Infância Matraca, com apoio da Fondation Terre des Hommes, Rede Amiga da Criança, Unicef, Rede Maranhense de Justiça Juvenil e patrocínio da Vale e teve como propósito ouvir a opinião dos adolescentes e jovens maranhenses sobre o direito humano à comunicação, além de discutir diretrizes e propostas para a I Conferência Estadual e Nacional de Comunicação, em novembro e dezembro respectivamente.

No inicio do dia foi realizada uma plenária com o tema Mídia e Juventude que contou com a presença da representante da Agência Matraca, Lissandra Leite, e os convidados Carolina Ribeiro (Coletivo Intervozes), Simone Nascimento (Ong Viração) e Ismael Silva (Rede Sou de Atitude).

Durante a plenária os participantes puderam discutir sobre o atual cenário da comunicação brasileira. "A Mídia está um pouco distante da juventude, e quando falam sobre nós aparecemos como o problema da sociedade brasileira", disse o participante Hugo Pinheiro, 20 anos. Vale ressaltar que boa parte dos produtos de comunicação são dedicados à faixa etária de 12 a 29 anos, seja na programação da TV, seja pelo repertório de rádio, cinema, internet e isso caracteriza a(o) adolescente e a(o) jovem como o maior público dos meios de comunicação brasileiros. Os veículos de comunicação têm papel importante na formação desse público, influenciando diretamente padrões de comportamento e atitudes.

Durante o começo da tarde foram realizados GTs (grupos de trabalhos) que debateram diversas temáticas sobre mídia, e no final do dia foi escrita coletivamente uma carta aberta, que tem como objetivo contribuir com propostas para promover a democratização e acesso aos meios de comunicação, estimulando e fortalecendo o potencial criativo dos jovens brasileiros e o conceito da comunicação como um direito inalienável, que vai ser encaminhada par as próximas conferências, a Estadual e a Nacional de Comunicação.

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