18 junho, 2010

Petistas organizam caminhada em protesto contra intervenção

Militantes petistas que defendem a pré-candidatura de Flávio Dino ao governo do Maranhão farão na tarde dessa sexta-feira, 18, uma caminhada pelas ruas do Centro de São Luís. A concentração será na sede do partido, na rua do Ribeirão, a partir das 15h. Após a caminhada, haverá também plenária popular. O objetivo, segundo explicaram os militantes, é manifestar apoio a Flávio Dino e solidariedade a Manoel da Conceição, Domingos Dutra e Terezinha Fernandes, que estão em greve de fome em protesto contra a intervenção nacional no PT maranhense.

Na última sexta-feira, 11, o Diretório Nacional invalidou o Encontro Estadual realizado no Estado e decidiu o apoio à reeleição da peemedebista Roseana Sarney.A caminhada desta sexta-feira foi descrita pelos petistas também como uma iniciativa de reafirmação da democracia interna da legenda e das decisões tomadas em âmbito estadual.

Em greve de fome há três dias, a ex-deputada federal Terezinha Fernandes (PT) deu entrevista coletiva na manhã de quinta-feira, 17, para explicar à imprensa as razões do protesto iniciado há quatro dias. “O PT rasgou o seu estatuto ao tomar essa atitude com o Maranhão”, avaliou ela.

Integrantes da coordenação do Diretório Estadual estão em Brasília para negociar com a cúpula da legenda uma solução para o impasse. Até agora, não houve uma proposta considerada aceitável pelos petistas maranhenses que apóiam a candidatura de Flávio Dino ao governo.

Democracia

À imprensa Terezinha Fernandes defendeu a alternância de poder no Executivo maranhense. “Mesmo que a população do nosso estado tivesse um nível de vida considerado bom, a alternância de poder é necessária para a democracia. Então, porque nós teremos que sucumbir nas mãos daqueles que foram os nossos algozes e que são os responsáveis pelo atraso e pela injustiça?” indagou ela.

A ex-deputada lembrou ainda que a vitória de Dilma Roussef no Maranhão é garantida mesmo sem a aliança com o PMDB. Para Terezinha, a intervenção nacional no estado é também um golpe contra os militantes do partido, que ela classificou de “exército” do PT. “A coisa mais cara e bonita que um partido tem hoje é a sua militância. É o seu exército, e esse foi um golpe no exército do PT. Como será possível ganhar as batalhas futuras, sem exército? Não há como justificar uma tática errada como essa”, disse.

Apesar dos insistentes apelos, nenhum dos três manifestantes admite a possibilidade de encerrar a greve. O líder camponês e fundador do PT, Manoel da Conceição, havia suspendido a greve no final da tarde de quarta-feira, após passar mal. Mas retomou o protesto, alegando que não houve avanço nas negociações com o Diretório Nacional do PT.

Redação: Assessoria de Comunicação so PCdoB

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